Um levantamento divulgado pela Federação
Brasileira de Bancos (Febraban) revela que, desde o início da pandemia, houve
um aumento de 60% em tentativas de golpes financeiros contra a pessoa idosa. O
público é o alvo mais atraente para criminosos devido a maior vulnerabilidade
e, em geral, a falta de conhecimento sobre tecnologia. Para proteger o
consumidor contra fraudes que possam reduzir o valor recebido mensalmente, o
deputado Carlos Lula (PSB) propôs o Projeto de Lei nº 107/2023, que dispõe
sobre a obrigatoriedade da assinatura física de pessoas idosas em contratos de
operação de crédito firmados por meio eletrônico ou telefônico.
“Nosso objetivo é proteger os idosos. Esse
projeto obriga que, nos casos de empréstimos em consignação para o público
acima de 60 anos, seja exigida a assinatura física. Hoje, esses empréstimos são
feitos por ligações telefônicas, mensagens e até através de golpes envolvendo
chamadas de vídeo. São feitos de forma fraudulenta e que prejudicam
financeiramente esses idosos”, destaca o parlamentar.
O projeto do deputado considera todo e qualquer
tipo de contrato, serviços ou produtos na modalidade de consignação para
desconto em aposentadorias, pensões, pecúlios, poupanças, contas correntes,
tais como empréstimos, financiamentos, arrendamentos, hipotecas, seguros,
aplicações financeiras, investimentos ou qualquer outro tipo de operação que
possua natureza de crédito, realizada na modalidade de consignação.
Infração
Se aprovado e sancionado o PL, a instituição financeira e de crédito contratada deve fornecer cópia do contrato firmado ao idoso contratante, sob pena de nulidade do compromisso. Na primeira infração, a instituição é advertida; na segunda, recebe multa de 20 mil reais; na terceira, de 60 mil; e a partir da quarta, multa de 100 mil reais por cada infração.
“Muitas vezes, os bancos dão pouco retorno e pouca proteção a esse público acima de 60 anos. O número de casos dessa natureza não para de crescer na Defensoria Pública. Eu acredito que essa lei vai proteger o patrimônio desse público”, pontuou o deputado.
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