Conclusão: o relatório sobre o sistema de votação eletrônico
brasileiro não identificou evidências de fraude eleitoral; apontou, no entanto,
fragilidades de segurança e fez sugestões de aperfeiçoamento que serão analisadas pelo TSE.
Os militares fizeram o sorteio de 462 sessões eleitorais no primeiro turno. Nelas foram analisadas 442 cópias dos boletins de urnas, ou BUs, documentos emitidos nas sessões eleitorais após a votação; servem para a conferência pública do resultado das eleições.
Para a análise no segundo turno houve o sorteio de 501 sessões eleitorais com a avaliação de 501 boletins. Abaixo seguem dois trechos do relatório.
"Em ambos os turnos, não se verificou divergências entre os quantitativos registrados no BU afixado na sessão eleitoral e os quantitativos de votos constantes no respectivo BU disponibilizado no site do TSE".
"Do trabalho realizado, destaco dois pontos. Primeiro, foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo. Segundo, dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento".
O resultado do relatório dos militares frustrou as expectativas de Jair Bolsonaro. Uma suposta inconsistência entre os resultados aferidos nas urnas eletrônicas e a totalização dos votos no TSE era um dos principais argumentos do presidente para pôr em dúvida o processo eleitoral.
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