domingo, 6 de novembro de 2022

Aos 53 anos morre Guilherme de Pádua, assassino da filha de Gloria Perez

Morreu neste domingo (6) o ex-ator Guilherme de Pádua, de 53 anos, vítima de infarto em Belo Horizonte. A morte dele foi informada pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, em um vídeo de 22 minutos publicado em seu perfil no instagram. De acordo com o líder religioso, a morte do ex-ator ocorreu pouco antes das 22h.

"Pouco antes das 22h recebi o telefonema de uma irmã falando de um dos nossos pastores que acabou de falecer. Aquilo para mim foi um impacto muito grande, pois hoje, às 10h, eu estava dirigindo o culto, e ele estava no primeiro banco com a esposa, servindo ao Senhor, cantando, orando, louvando (...)", disse o pastor.

Guilherme de Pádua interpretou o motorista Bira na novela De Corpo e Alma, da TV Globo, em 1992. Seu personagem fazia par romântico com Yasmin, vivida pela atriz Daniella Perez, filha da autora Glória Perez. Durante as gravações, Guilherme assassinou Daniella com a ajuda da ex-mulher, Paula Nogueira Thomaz.



As investigações da polícia na época chegaram a algumas conclusões sobre os motivos do crime. Guilherme teria ficado insatisfeito com a diminuição de seu papel na novela, enquanto Paula, demonstrava ciúmes pelas cenas de Daniella com o seu marido.



Depois de armar uma emboscada para a atriz em um posto de combustíveis, no Rio de Janeiro, o casal a levou para um matagal na Barra da Tijuca, onde foram desferidos pelo menos 20 golpes de punhal. O crime aconteceu em 29 de novembro de 1992 e chocou o país.

Pelo assassinato de Daniella Perez, Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão. Ganhou liberdade em 14 de outubro de 1999 após cumprir um terço da pena.

Segundo o pastor Valadão, o ex-ator passou a fazer parte da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, em 2017, onde realizava um trabalho social com ex-presidiários.

“Esse moço, Guilherme de Pádua, ficou tão conhecido. Era um artista de TV e fez aquela besteira anos atrás. Até hoje fica um estigma muito grande. Mas eu tive o privilégio de conviver com ele. Durante muitos anos, esteve conosco. Depois que saiu da prisão, cumpriu a pena, e hoje tem um trabalho de cuidar de ex-presos no ministério pastoral”, recordou o pastor Márcio Valadão, que também sublinhou:

“É um moço que a sociedade não compreende, porque ele praticou aquele crime tão terrível da Daniela Perez, foi preso, cumpriu a pena e se converteu. Era uma lagarta e virou borboleta. Dentro de casa, caiu e morreu. Morreu agorinha. Acabou de morrer”.

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