Conforme relato de três fontes, Tarcísio fez um discurso em defesa da reforma que, no seu entender, não seria de governo, mas do Estado brasileiro no encontro com dirigentes e parlamentares do PL a portas fechadas na sede do partido, em Brasília.
Contudo, o governador foi interrompido durante seu pronunciamento pelo deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e outros parlamentares da ala bolsonarista da legenda, contrários à reforma. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, teve de intervir para garantir a fala dele.
Em outro momento, foi o próprio Bolsonaro quem constrangeu o governador paulista, segundo duas dessas fontes. Diante de Tarcísio, o ex-presidente afirmou que ele não tem experiência política e atacou o que o chamou de reforma tributária "do PT".
O governador de São Paulo, que governa o Estado de maior economia do país e tem sido um dos principais defensores da reforma, deixou o encontro e foi se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que trabalha para garantir a votação da PEC da reforma em primeiro turno na noite desta quinta à tarde.
Uma fonte ligada a Tarcísio negou que ele tenha sido hostilizado na reunião do PL. Disse que ele conversou com a base do PL, esclareceu os pontos que defende e procurou manter o diálogo. Segundo essa fonte, há divergências e isso é normal para um assunto que é complexo e que historicamente não tem tido consenso, como é o caso da reforma tributária.
O encontro foi convocado por Valdemar para tentar fechar uma posição do PL, partido com a maior bancada da Câmara, 99 deputados, sobre a reforma tributária, entre outros assuntos.
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