terça-feira, 15 de agosto de 2023

O Brasil enfrentou apagões nos governos FHC (2), Lula (2), Dilma (4), Temer (1) e Bolsonaro (1); veja

O apagão de energia elétrica ocorrido na manhã desta terça-feira (15) que atingiu ao menos 25 estados e o Distrito Federal, foi bastante politizado. A própria primeira-dama, Janja, parece ter sugerido, em seu perfil no Twitter, que o problema pode estar relacionado à privatização da Eletrobras. Ela escreveu: “A Eletrobras foi privatizada em 2022. Era só esse o tuíte”. 

Mas o fato é que bem antes dessa privatização o país já sofreu alguns casos de apagões em escala nacional. Relembre.

1999 (FHC)

No segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, em março de 1999, o Brasil sofreu uma queda no fornecimento de energia elétrica que atingiu dez Estados e o Distrito Federal. Cerca de 76 milhões de pessoas (47% da população brasileira) foram afetadas.

2001 (FHC)

No último ano do segundo mandato de FHC, o Brasil enfrentou o que ficou conhecido como "a crise do apagão em 2001", crise que, na verdade, iniciou-se em julho de 2001 e estendeu-se até fevereiro de 2002, já no primeiro mandato de Lula. A queda de energia elétrica em todo o país foi ocasionada por uma mudança repentina das condições climáticas, sendo a principal a diminuição das chuvas. O Brasil era muito dependente do volume de águas para o funcionamento das usinas hidroelétricas, condição que permanece até hoje. 

A interrupção do fornecimento afetou diversos setores econômicos, do primário ao terciário, e causou danos na economia do país.

2009 (Lula)

Na noite de 10 de novembro o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no penúltimo ano do segundo mandato, começou a enfrentar uma grave crise energética. Falha em três linhas de transmissão da Usina de Itaipu foram causadas por condições climáticas. A queda brusca de energia resultou no desligamento automático de 20 turbinas; aproximadamente 90 milhões de brasileiros ficaram sem energia elétrica.

Os prejuízos em diversos setores econômicos e no sistema bancário foram consideráveis e algumas regiões como as de São Paulo e Rio de Janeiro chegaram a sofrer interrupção no fornecimento de água.

2011 (Dilma)

Já no primeiro ano do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o "blecaute no Nordeste" ocorreu na noite de 3 de fevereiro, estendendo-se até a madrugada do dia 4. A falta de energia atingiu quase todos os estados da região, com exceção do Maranhão. Foi o primeiro de quatro apagões no  primeiro mandato de Dilma.

O problema teve como causa uma falha em uma linha de transmissão de uma subestação situada no sertão de Pernambuco.

2012 (Dilma)

Em outubro de 2012, uma falha de fornecimento deixou nove estados do Nordeste e parte da região Norte sem energia por quase três horas, com 12 milhões de pessoas afetadas. Dois meses depois, em dezembro de 2012, seis estados sofreram apagão após um problema na hidrelétrica de Itumbiara, no Estado de Goiás. 

2014 (Dilma)

Um outro apagão, ocorrido no ano eleitoral de 2014, deixou as regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste sem energia elétrica por quase duas horas, afetando 12 milhões de pessoas. Um curto-circuito em uma linha de transmissão no Tocantins foi a origem do problema. 

2018 (Temer)

No governo do ex-presidente Michel Temer, a queda no fornecimento atingiu as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Aproximadamente 70 milhões de pessoas ficaram sem energia. A falha aconteceu na subestação Xingu, responsável por distribuir parte da energia produzida na usina de Belo Monte.

2020 (Bolsonaro)

Em 2020, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Amapá enfrentou um grave apagão de 21 dias. 800 mil consumidores de 13 dos 16 municípios do Estado ficaram sem energia. A causa foi o incêndio em um transformador da empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE).

2023 (Lula)

Sob o novo governo Lula, no apagão da manhã desta terça (15), 25 estados e o DF ficaram sem energia por 6 horas até o restabelecimento total. As causas ainda estão sendo investigadas, mas o governo informou que ocorreu uma falha em uma subestação da cidade de Imperatriz (MA). Os mais variados setores econômicos sofreram impactos negativos com a interrupção no fornecimento de energia.   

*Com informações de Gazeta do Povo e R7

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