Pesquisa Exame/Ideia publicada nesta sexta-feira (22) mostra que a aprovação da gestão de Jair Bolsonaro despencou de 37% para 26%, maior queda semanal desde o início de seu governo, patamar semelhante ao de junho de 2020, um dos pontos altos da crise ocasionada pela pandemia do coronavírus.
O grave cenário de saúde pública em Manaus e a falta de organização no cronograma de vacinação são apontados pela pesquisa como fatores decisivos para a queda de popularidade. 45% dos pesquisados avaliam o governo de Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo contra 27% que o consideram ótimo ou bom. E a maneira como Bolsonaro lida com o seu trabalho de presidente também recebeu 45% de desaprovação, enquanto 26% o aprovam.
Já o trabalho realizado pelo ministro da Saúde, general Pazuello, foi considerado ótimo por 8%, bom por 20%, ruim por 14% e péssimo por 18%. Entre os que ganham mais de 5 salários mínimos 49% consideram o trabalho do ministro da saúde ruim ou péssimo.
Dos que avaliam positivamente o governo, 69% avaliam o trabalho de Pazuello como ótimo ou bom.
"Houve uma queda estatisticamente significativa na avaliação positiva do presidente [ótimo/bom] em relação ao levantamento da semana passada [de 38% para 27%]. Essa queda ocorreu essencialmente entre os segmentos jovens de 18 a 24 anos, Norte, Nordeste e em todas as faixas de renda", afirma Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública.
Sobre a aprovação do presidente, ela é maior entre os habitantes do Centro-Oeste (36%), enquanto nas outras regiões do país esse índice varia entre 22% e 27%. 38% dos evangélicos apoiam o governo Bolsonaro; entre os católicos esse apoio corresponde a 20%. 23% declararam seguir outras religiões.
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