Em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), o Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA) fez mapeamento da prevalência de novas variantes do SARS-CoV-2 no Maranhão. O estudo revelou que, entre as mais de 90 variantes existentes no país, quatro foram encontradas em circulação no estado.
O diretor geral do Lacen-MA, Lídio
Gonçalves, informou que a Secretaria de Estado da Saúde (SES), realiza
monitoramento constante da evolução dos casos de Covid-19 para identificar o
surgimento de novas variantes e a prevalência delas. “O Lancen-MA, em
parceria com instituições nacionais, como o Instituto Evandro Chagas e a
Fiocruz, realiza uma vigilância genômica constante para a identificação de
novas variantes que circulam no Estado do Maranhão. E através desse
sequenciamento, conseguimos identificar a atual prevalência das novas variantes
no território maranhense”, explicou.
De 73 amostras
enviadas para análise, 70 apresentaram mutação. A análise concluiu que a
principal variante que circula no estado é a P.1. O Lacen-MA estima que esta
linhagem pode ser a responsável por mais de 60% das infecções por Covid-19.
Esta é considerada Variante de Atenção (VOC), primeiramente registrada em
Manaus (AM) e identificada no Maranhão no início de janeiro.
As três outras
variantes registradas foram identificadas como Variantes de Interesse (VOI) e
apresentaram menor prevalência. Uma delas originou-se no Rio de Janeiro: é a
P.2. Essa variante circula em todo o país desde o ano anterior e tem
prevalência de 13,8% no estado.
Outra variante que
também circula em todo o país e também no Maranhão é a N.9.
Ela apresenta percentual de contágio de apenas 5,5% no estado. Além
destas, há a mais recente descoberta, a variante N.10, identificada
inicialmente no estado do Maranhão e com recentes registros de casos no Amapá.
A N.10 já apresenta incidência de 19,4% dos casos.
“Esses dados são
referentes ao mês de fevereiro e já estamos analisando as amostras do mês de
março, para sabermos se esses números se mantiveram ou se essas prevalências
aumentaram. O esperado é que tenha aumentado a prevalência da P.1, visto que
ela vem crescendo desde o mês de janeiro”, alerta o diretor do Lacen.
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